sábado, 22 de novembro de 2008

COMO ESCOLHER UM AMIGO


Três critérios fundamentais para se escolher um amigo:

Primeiro: Ficar alegre com a sua alegria. Pessoas invejosas, críticas e destrutivas não lhe ajudarão na sua sanidade e dignidade.
Segundo: Aceitar o seu “não”. Amigos controladores, que querem lhe submeter e não aceitam sua autonomia, vão atrapalhar seu equilíbrio emocional.
Terceiro: Lhe ajudar a conviver com suas fraquezas em vez de estar o tempo todo lhe criticando. Amigos que se arvoram em ser seus educadores, terapeutas e guias espirituais acabam minando sua auto-estima e dificultando sua aceitação como pessoa humana, o que é essencial para sua felicidade.

FONTE: Internet - Site – Espaço do educador – por Antonio Roberto Soares

domingo, 16 de novembro de 2008

AÇÕES PROMOVIDAS PELO PROERD


O uso de drogas, sejam lícitas ou ilícitas, se constitui num dos mais preocupantes problemas dos tempos contemporâneos. Este vício tem invadido praticamente todos os países, causando rupturas na estrutura social, particularmente a familiar.

A erradicação do uso de drogas ilícitas se tornou um dos grandes desafios dos órgãos de defesa pública em todo o mundo, talvez o maior, sendo um problema que afeta toda a ordem social, pois atinge todas as camadas de uma sociedade e reflete negativamente na segurança pública.
Neste contexto, diversos movimentos, instituições e organizações têm procurado erradicar ou pelo menos minimizar suas causas e efeitos.

As ações, principalmente, das forças policiais têm sido mais enfáticas na vertente da repressão em detrimento do aspecto preventivo. Os resultados por não serem totalmente exitosos exigem ações na área educativa. Grande parte dos crimes violentos está relacionada ao tráfico/uso de drogas, sendo a prevenção a melhor maneira de darmos fim a este câncer.

Neste sentido, um exemplo paradigmático aconteceu no departamento de Polícia de Los Angeles. Relatos históricos dão conta que esse departamento, apesar de seu empenho quantificado em número de prisões e apreensões de drogas não desestabilizou o fenômeno.

Em decorrência, os educadores e policiais concluíram que o caminho era a educação, surgindo assim, em 1983, o programa DARE (Drugs Abuse Resistance Education). Inicialmente o programa foi coordenado pelo Departamento de Polícia de Los Angeles, posteriormente surgiu a Fundação Dare América e o Dare Internacional.

Um grupo de pessoas do Brasil, pretendendo trabalhar na prevenção de drogas no país, descobriu o DARE América e a partir de então surgiu o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) no Brasil, que apresenta as seguintes características:

* o programa atinge os alunos da 4ª e 6ª série, portanto, atende os anos críticos da adolescência, sempre informando e orientando as famílias destes alunos;
* utiliza técnicas de ensino aprovadas e normalizadas contando com lições planejadas e materiais estudantis detalhados;
* ensina a resistir às drogas através de métodos interativos (dramatização, discussão, reforço e vivências em grupo);
* o programa envolve a escola, pais e a comunidade;
* ensina qual é a atividade mais apropriada que os jovens devem ter para resistir às drogas;
* ensina como os jovens podem influenciar positivamente seus colegas e estimular as atitudes positivas;
* explica as leis contra as drogas;
* utiliza métodos que geram atitudes positivas, aumentando a auto-estima.

Envolvidos neste programa estão policiais militares treinados para orientar crianças e adolescentes sobre as questões das drogas, da violência e cidadania. Eles desempenham papéis de verdadeiros educadores, por isto, além do treinamento que recebem, devem atender a um perfil condizente com esta função.

O PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas é um programa de caráter social preventivo, que tem como objetivo prevenir o uso de drogas e a prática da violência, inserindo em nossas crianças a consciência da necessidade de desenvolver as suas potencialidades para se tornarem cidadãos conscientes e capazes de contribuírem para que alcancemos, de maneira concreta e plena, o sonho de uma sociedade mais justa e segura, sem drogas e sem violência.

O PROERD busca resultados jamais alcançados por organismos governamentais e não governamentais brasileiros na prevenção ao uso e ao tráfico de drogas, anulando o seu fomentador, o usuário. Com a aplicação deste programa, a Polícia Militar busca também, em menor tempo possível, contribuir efetivamente para a formação de novos jovens, mais seguros, firmes e decididos em relação aos malefícios causados pelas drogas e, portanto, imunes à ação de usuários e traficantes. A médio e longo prazo estima-se, baseando-se em experiências internacionais, que nossos jovens e não apenas nossos policiais, serão os multiplicadores de valores, noções de cidadania e de técnicas que isolam o agente do crime.

A eficiência deste programa é comprovada mundialmente através de pesquisas científicas e no Brasil não é diferente. A USP – Universidade de São Paulo elaborou uma pesquisa científica em 2004, que foi coordenada pela Dra. Sueli de Queiroz, pesquisadora do “Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e outras Drogas” (GREA), e após todos os trabalhos, ficou evidenciado que o PROERD alcançou a média de 95% de aprovação aqui no Brasil. Tal pesquisa só veio confirmar a eficiência do programa aqui no Brasil como nos diversos países em que é aplicado, mostrando com isto, que a Polícia Militar vem desenvolvendo o PROERD com extrema seriedade e profissionalismo. Em Paracatu, a Polícia Militar segue a mesma linha e, baseando-se neste princípio da prevenção às drogas e à violência, o programa foi implantado no dia 04 de Agosto de 2003 em escolas municipais, estaduais e particulares onde há o público alvo do PROERD, ou seja, os alunos da 4ª e 6ª série do ensino fundamental.

FONTE: Internet.

DIREITOS E DEVERES NA ESCOLA

PARA LER, REFLETIR E PRATICAR:
Todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar têm direitos e deveres.
Ser respeitado, ter um bom salário, receber material necessário para seu trabalho são direitos dos profissionais da escola.
Ser responsável pelo trabalho, ser pontual, respeitar as pessoas são os deveres dos profissionais da escola. Os alunos também têm direito e deveres. Veja:

Direitos:
Ter lugar na sala de aula;
Ter bons professores;
Fazer amizade com os colegas;
Ter um lugar para brincar;
Ser respeitado;
Pedir e receber explicações;
Dar opiniões;

Deveres:
Respeitar os professores e ouvi-los com atenção;
Respeitar os colegas;
Não faltar às aulas;
Ser pontual;
Cumprir as tarefas estabelecidas pelo professor ou combinadas com o grupo;
Cooperar durante as aulas e nos trabalhos em grupo;
Esperar sua vez para dar opinião e expressar idéias;
Zelar pelos materiais como, carteiras, quadro e tudo que seja útil para sua educação;
Zelar pela limpeza.

Pensa e Responda!
-Qual é o dever que você menos cumpre na escola? Por quê?

-E qual é o direito mais importante para você? Por quê?

CARTA DE UM FILHO PARA O PAI

Esta é uma carta de adeus de um jovem de 19 anos. O caso é verídico, aconteceu num hospital de São Paulo.

“Acho que neste mundo ninguém procurou descrever seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai receber este relato, mas preciso de todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, meu pai, acho que este diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo sabe, pai, está em tempo do senhor saber a verdade de que nunca desconfiou.
Vou ser breve e claro, bastante objetivo.
O tóxico me matou. Travei conhecimento com meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível não, pai? Sabe como conheci essa desgraça? Por meio de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante mesmo e bem falante, que me apresentou ao meu futuro assassino: a droga.
Eu tentei recusar, tentei mesmo, mas o cidadão mexeu com o meu brio, dizendo que eu não era homem. Não é preciso dizer mais nada, não é pai? Ingressei no mundo do vício.
No começo foi o devaneio, depois as torturas, a escuridão, não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida vieram às faltas de ar, os medos, as alucinações. E logo após a euforia o pico novamente. Eu me sentia mais gente do que as outras pessoas, e o tóxico, meu amigo inseparável, sorria, sorria.
Sabe, meu pai, a gente quando começa, acha tudo ridículo e muito engraçado, até Deus eu achava cômico. Hoje no leito de um hospital, reconheço que Deus é mais importante que tudo no mundo. E que sem a ajuda Dele eu não estaria escrevendo esta carta. Pai, eu só estou com 19 anos, e sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim. Mas ao Senhor meu pai, tenho um ultimo pedido a fazer: Mostre esta carta a todos os jovens que o Senhor conhece. Diga-lhes que em cada porta de escola, em cada cursinho de faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante que irá mostrar-lhes o futuro assassino e destruidor de suas vidas. E que os levará à loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor, faça isso meu pai, antes que seja tarde demais para eles.
Perdoe-me, pai... Já sofri demais, perdoe-me também por fazê-lo padecer pelas minhas loucuras.
Adeus, meu pai.”

DICAS DE SEGURANÇA



Ajude e respeite seus colegas da escola. Respeitando é que se é respeitado.






Respeite seu professor ou professora, pois são pessoas importantes na sua formação e na sua vida.







Estude e construa seu futuro hoje, pois o amanhã já é o futuro e pode ser tarde demais.






Se estiver sozinho em casa, não abra a porta para pessoas estranhas e nem diga que não há mais ninguém com você.

Não atravesse a rua sozinho(a). Se isso for necessário, atravesse sempre na faixa de segurança ou se sentindo inseguro(a) peça para um adulto de confiança lhe atravessar.





Diga sempre aos seus pais ou a quem estiver com você, onde e com quem vai brincar.





Não jogue lixo nas ruas, pois pode causar mal cheiro e provocar doenças.


Caso se perca, não se afaste do lugar onde está, pois será fácil sua localização. Não vá com ninguém estranho e procure um Policial Militar ou um segurança de alguma loja ou comércio próximo de onde você estiver.


Se estiver sozinho em casa, não abra a porta para pessoas estranhas e nem diga que não há mais ninguém com você.





Tenha cuidado com objetos estranhos que encontrar ou achar, tais como armas, munição para armas, bombas, veneno.Não forneça informações sobre sua família ou da sua casa para pessoas estranhas.





Não prove cigarros ou outras drogas, por curiosidades ou porque algum amigo ou conhecido seu o façam. Se você provar, essa primeira vez pode lhe conduzir à sua total destruição.

Não aceite doces, balas, chicletes e outras coisas que pessoas estranhas lhe oferecerem. Afaste-se de desconhecidos.






Não ande sozinho ou com seus amigos por ruas desertas ou terrenos baldios, mesmo que seja o caminho mais perto.




Decore seu nome completo e de seu pais, endereço e telefone, para em caso de você se perder informar às autoridades.





Se estiver com algum tipo de dificuldade, ligue para o 190 (Polícia Militar), e se puder, vá ao quartel da PM mais próximo.







Comunique aos seus pais, a qualquer Policial Militar ou ao seu professor ou professora, qualquer perigo ou fato estranho de que tenha conhecimento ou de que tenha sido vítima.



UM CÂNCER CHAMADO "DROGAS"

Mapa da droga na periferia de Belém
BELÉM (PA) - O bairro da Terra Firme, um dos mais populosos de Belém, experimentou uma ocupação urbana desestruturada e um avanço muito rápido, fazendo com que algumas áreas surgissem através de invasão. Essa é a principal avaliação do pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA), Aiala Colares, a respeito do bairro considerado um dos mais violentos da capital. "O que ocorreu foi que as políticas urbanas para a cidade foram muito direcionadas para o centro, isso ocasionou uma valorização da área central e a população de baixo poder aquisitivo foi direcionada para as áreas de baixada".

O bairro, segundo Colares, é tipificado como favela. "É uma área de habitação precária. Existe um aglomerado urbano muito denso, com becos onde a polícia não entra, os serviços também não entram e a população tem baixo poder aquisitivo", relacionando às áreas de favelas ao Tucunduba, canal localizado no bairro. "O Tucunduba surgiu assim, como uma ocupação ao longo do canal. Esse asfalto que a prefeitura levou para algumas ruas não resolveu a situação".
Colares é autor de recente estudo sobre o tráfico de drogas no bairro da Terra Firme, e acredita que o tráfico acaba se fortalecendo em áreas mais precárias pela facilidade em não encontrar resistência. "Uma política pública de segurança de combate à violência a partir da militarização, como ocorreu na Terra Firme, com a polícia acampada na praça, não resolve o problema. Porque você vai ter uma repressão ao crime, mas não vai ter uma política pública que vá atuar na base. Trabalhar de cima para baixo acaba gerando uma guerra entre dois tipos de Estado o Estado paralelo, que já está para acontecer isso aqui, porque está fugindo ao controle, e o estado de direito", ressalta Colares.

A repressão, para o pesquisador, não seria a melhor saída para melhorar a vida dos moradores. "Cria uma certa rivalidade. O cara que é preso hoje e apanha da polícia vai querer sair e fazer pior. Ele não vai ser reintegrado à sociedade. O Estado tem um custo muito maior com um presidiário do que com um aluno em escola pública". A base, segundo ele, não seria apenas a educação, que é vista como fator principal. "É preciso dar tanto educação como qualidade de vida. E incentivo à moradia, à qualificação profissional", diz, acrescentando um outro aspecto: "A maioria desses jovens envolvidos com o crime teve estrutura familiar muito complicada", analisa.

Segundo o especialista, os problemas incluem a presença de um pai viciado, alcoólatra ou traficante. O quadro envolve ainda a mãe prostituta, viciada em drogas ou então com muitos filhos, em situação de extrema pobreza. "Por isso, são adolescentes que sempre carregam algum trauma psicológico. São frios, atam e vão dormir, como se fosse normal".

Sob esse ponto de vista, a desestruturação familiar é um dos principais motivos que levam o jovem a entrar para o mundo do crime. "Começam a trabalhar muito cedo ajudando os pais porque não tiveram educação apropriada e isso acaba sendo incentivo para eles não voltarem para a escola, eles entram em contato com a rua e têm a possibilidade de se envolver com o crime muito mais rápido. Quando se envolve com o crime, ele vai perceber que consegue auferir um lucro muito maior do que trabalhando como camelô ou vendendo picolé etc. Acaba sendo um caminho quase que sem volta".
Outro ponto observado por Colares é a manipulação de adolescentes no mundo do tráfico. "Eles podem não conhecer nada de lei, mas uma coisa eles conhecem: o Estatuto da Criança e do Adolescente. Eles sabem que se um adolescente cometer um homicídio e for para o Erec ou Funcap, se tiver um bom comportamento, fica até seis meses. E mesmo que ele não tenha um bom comportamento, ele vai ficar no máximo três anos e depois sair".

O envolvimento com o crime acaba conferindo um status ao criminoso no bairro. "Ele passa a desfrutar de certo respeito perante aquela comunidade, não vão querer se envolver com ele porque sabem que ou ele está no tráfico ou anda armado. Há uma espécie de respeito, pois ele transmite um temor para a sociedade e também passa a ser respeitado pelos outros marginais e chega até a se rivalizar com outros bandidos, que é o que normalmente acontece". Ainda segundo Colares, a disputa pelo território para venda da droga se torna intensa. "E isso automaticamente vai gerar homicídios, inclusive de pessoas que não estão envolvidas".
Região favorece mundo do tráfico:

Segundo o cientista político Raul Navegantes, o tráfico de drogas não é característico apenas de locais violentos. Para ele, o tráfico pode existir em locais onde existam demandas, onde conseguir adeptos ele sobrevive. "Têm em toda parte pontos de tráfico de drogas, sobretudo das drogas mais correntes, como a maconha e alguma cocaína".

Navegantes afirma que a Terra Firme passou a ser, indevidamente, símbolo da violência, da marginalidade e da exclusão social. "As coisas se passam desse jeito, são eleitos, digamos, “os bairros malditos", e a Terra Firme passou a ter essa conotação.

De fato, a violência é bastante significativa, mas não é muito maior do que em outros bairros periféricos, que são também bastante violentos. A Terra Firme, segundo ele, foi "eleita" por ter certa visibilidade em função da sua localização. "Ela fica próxima da Universidade Federal do Pará, da Ufra, do Serpro e da Embrapa. Talvez por essa visibilidade, essa facilidade com que uma parte importante da Academia e da Pesquisa convive, necessariamente por meio do ônibus e do ir e vir, com membros dessa comunidade e isso assusta, isso espanta de ver e de conviver com isso".

Navegantes observa que o tráfico atua como uma compensação aos baixos salários ou mesmo o desemprego. "O tráfico é rentável e nós vivemos em uma sociedade que procura o prazer e é extremamente mercenária. O estímulo ao consumo e a publicidade dos artigos de consumo, segundo ele, faz com que as pessoas criem demandas e se frustrem ao não poderem adquirir aqueles bens".

FONTE: Diário do Pará – Por Elyne Santiago